No município de Queiroz, no interior de São Paulo, os ovos de galinha não passam despercebidos. A produção local é a maior do Brasil, em proporção ao número de habitantes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram 180 mil ovos por habitante em 2022. A população dessa verdadeira ‘capital do ovos’ é de mais de 3 mil moradores — e a produção, em número absolutos, fechou em 588 milhões unidades.
O valor dessa safra, conforme a projeção do instituto, é de R$ 225 milhões. E o rebanho local de galinhas é de 2 milhões de cabeças. São 630 animais por morador.
Mas não são apenas os números das granjas que chamam a atenção em Queiroz. Segundo o IBGE, o produto interno bruto (PIB) equivale a R$ 250 mil por habitante. É o 16º maior do país, deixando portanto 5.553 municípios para trás. Além disso, o valor é sete veze maior que a média nacional (R$ 35 mil).
Nada mau para um lugar que, em termos de população, é menor que o Edifício Copan, na cidade de São Paulo. De acordo com a prefeitura paulistana, o prédio tem cerca de 5 mil residentes.
Curiosamente, os dois lugares têm quase a mesma idade. A conclusão do Copan ocorreu em 1966. A emancipação da cidade no interior paulista se deu em 1964.
Em Queiroz, a média de rendimento de um trabalhador é de 2,7 salários-mínimo. E a população ocupada é de cerca de 2 mil cidadãos. Ou seja: 70% dos moradores têm algum rendimento.
Gazeta do Povo
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