Edezio Sitonio e Erika Frota foram cassados por abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2020.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, nesta terça-feira (17), a realização de novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Coreaú. Como faltam menos de seis meses para o fim do mandato, a escolha deve ser feita de forma indireta, pela Câmara de Vereadores do município. As informações são do portal Diário do Nordeste.
O prefeito eleito Edezio Sitonio (PSB) e a vice Erika Frota foram cassados após condenação por abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições municipais de 2020. Os dois ficaram ainda inelegíveis por oito anos e estabeleceu pagamento de multa. Em 2024, Edezio está como candidato à reeleição no Divulg, mas com uma nova companheira de chapa — Patrícya (PSB).
Apesar da inelegibilidade determinada pela Justiça Eleitoral, ele ainda aparece com a candidatura apta no DivulgaCandContas. De acordo com o calendário eleitoral, o prazo para substituição de candidaturas encerrou na última segunda-feira (16).
Em publicação nas redes sociais, Edezio Sitonio reafirmou a candidatura e disse que a sentença "é sobre o mandato de 2021 a 2024".
"Estamos aqui para reafirmar nosso compromisso com a população coreauense e reafirmar a nossa candidatura. Ontem teve um fato, mas esse fato que ocorreu ontem é sobre o mandato de 2021 a 2024. O nosso registro foi deferido pela Justiça Eleitoral e nós somos sim candidato a prefeito. Tenho certeza absoluta que nós vamos ganhar com a maior maioria que Coreaú já viu para prefeito", disse, em vídeo.
A vice-prefeita eleita Erika Frota não foi localizada pela reportagem. O espaço está aberto para manifestação.
Esta é a segunda vez, apenas em setembro, que o TSE determina a realização de eleições indiretas em municípios cearenses. Na última quinta-feira (12), a Justiça Eleitoral definiu que a Câmara Municipal de Pacujá também precisa escolher novos prefeito e vice-prefeito para a cidade.
Caso em Coreaú
Edezio Sitonio e Erika Frota haviam sido condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) ainda em maio de 2022, quando eles chegaram a deixar o cargo. Contudo, uma liminar do ministro Alexandre de Moraes, do TSE, ordenou o retorno deles a Prefeitura.
Agora, com a cassação confirmada pelo TSE, eles deixam novamente os cargos de prefeito e vice.
A condenação dos dois ocorreu em decorrência de apreensão feita na véspera das eleições de 2020, quando foram apreendidos valores em dinheiro, santinhos e adesivos diversos. Também foram flagradas promessas ou fornecimento de benefícios em dinheiro ou pagamento de contas de aluguel, água, luz e gás de cozinha, segundo a Justiça. Na ocasião, havia ainda uma lista com nomes de eleitores e o detalhamento de quanto havia sido pago a cada um deles em troca dos votos.
Além do prefeito e da vice, também foi cassado o vereador Chico Antônio. O parlamentar e secretários municipais também tiveram a inelegibilidade determinada pela Justiça Eleitoral.
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